Aerografite: o mais leve e resistente material do mundo (até agora)

Pense em todos os materiais que temos atualmente. Parece que chegamos ao máximo da otimização. 100 anos atrás e não teríamos a miríade de fibras, polímeros e ligas que temos hoje. Isso, claro, não é empecilho para se procurar por novos, e melhores, materiais, que sejam mais leves, resistentes, flexíveis e tenazes.

Cientistas alemães desenvolveram um novo tipo de material, baseado numa rede de tubos de carbono poroso, com uma massa específica de 0,2 mg/cm³, isto é, 75 vezes mais leve que o isopor, mas com muito maior resistência.

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Cientistas usam vírus melhorar a eficiência de células solares

Então vocês, meus perclaros visitantes, depois de ter enchido o rabo de ovos (ops), de peixe (espada?) ou outros alimentos de duplo sentido na festa onde se comemora o espancamento de Jesus e a Volta dos Mortos Vivos, verá agora um mimo de notícia. Não serão os zumbis que herdarão a Terra. O Skynet aniquilará a todos antes. A má notícia é que eles serão aniquilados depois de você, humano desgraçado! Para piorar, usarão vírus!

Pesquisadores do MIT desenvolveram uma técnica onde usam vírus geneticamente modificados para produzir estruturas que melhorem a eficiência de células solares em cerca de 30%. Levando em conta que tal eficiência ainda é ridícula, qualquer aumento é substancial e um aumento em 30% realmente é de tirar o fôlego.

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Pedra de Roseta Digital vai guardar dados por 1.000 anos

A corrida por memórias mais rápidas, de maior capacidade e cada vez mais miniaturizadas parece não ter fim. E provavelmente não terá. Mas agora começou uma nova corrida, à medida que cresce a preocupação com a manutenção dos dados digitais para a posteridade.

A humanidade tem gerado dados e informações que superam anualmente o que havia sido criado durante séculos de história. Contudo, os meios de armazenamento digital estado-da-arte não duram mais do que 100 anos. E os dados são simplesmente perdidos para sempre, seja por ação do magnetismo natural do ambiente, da umidade ou da simples deterioração pelo tempo. Um DVD de última geração não dura mais do que 30 anos. Continuar lendo “Pedra de Roseta Digital vai guardar dados por 1.000 anos”

Microchip implantado sob a pele medirá glicose no sangue e auxiliará no tratamento do diabetes

Estão vendo a caneta ao lado? E o pontinho na extremidade? (clique para ampliar). Não, aquilo não é a invasão das canetas BIC, e nem estão nos escravizando com implantes de chips esquisitos. Aquilo é apenas para você ter noção do tamanho do chip que, implantado sob a pele, medirá a glicose no sangue e carregará informações médicas do diabético.

Pode parecer ficção científica, você poderá erguer uma das sobrancelhas e dizer que não vê lógica nisso, Jim. Mas pesquisadores da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), em Minas Gerais, se aproximam da confecção de um aparelho que promete simplificar o tratamento do diabetes tipo 2, doença cerca de 10 vezes mais recorrente do que a do tipo 1, sobretudo após os 40 anos de idade. Continuar lendo “Microchip implantado sob a pele medirá glicose no sangue e auxiliará no tratamento do diabetes”

Filme ultrafino é grande avanço para eletrônica flexível

A ideia (agora, com essa chatice de acordo ortográfico, é sem acento) é produzir circuitos e telas para uso em roupas “inteligentes”, por exemplo. Uma nova técnica permite produzir chips mais maleáveis, inovando no que costumam chamar de “eletrônica flexível” – o tipo que pode ser usado em em telas dobráveis (como as da foto ao lado) capazes de fazer da leitura do jornal online algo mais parecido com a leitura do exemplar impresso – ainda está longe de ser uma realidade no nosso dia-a-dia. Porém, cientistas da Coréia do Sul (um lugar que não é insano em cortar verbas de pesquisa no ramo tecnológico como aqui) relatam um avanço significativo em direção ao desenvolvimento de tais dispositivos.

Em um artigo publicado na Nature, Jae-Young Choi, do Instituto Avançado de Tecnologia da Samsung, Keun Soo Kim e Byung Hee Hong, da Universidade Sungkyunkwan, e colegas, descrevem uma técnica para produzir eletrodos finos e flexíveis a partir de grafeno (leia o resumo AQUI). Continuar lendo “Filme ultrafino é grande avanço para eletrônica flexível”

Feynman, o profeta da nanotecnologia

Na noite de 29 de dezembro de 1959, o físico norte-americano Richard Phillips Feynman (1918-1988) proferiu a palestra de encerramento do encontro da Sociedade Americana de Física, naquele ano organizada pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia, o famoso Caltech. No auditório do Hotel Huntington-Sheraton, no centro de Pasadena, aproximadamente 300 pessoas aguardavam ansiosamente a palestra, que, como sempre, deveria ser divertida e provocativa, como só Feynman era capaz de proporcionar. E outra coisa não se poderia esperar de uma palestra intitulada “Há muito espaço lá embaixo”. Continuar lendo “Feynman, o profeta da nanotecnologia”