A inusitada viagem transcontinental dentro de uma caixa

Você sabe, a Austrália é um grande deserto, com alguns poucos lugares habitados; mas, em 1964, a Austrália era bem pior, portanto, era preciso levar mais gente pra lá. Tenha isso em mente quando falamos de um dos períodos mais ambiciosos de sua história migratória. O programa “Populate or Perish” (“Povoar ou Perecer”), concebido pelo governo de Ben Chifley em 1945 e implementado pelo Primeiro-Ministro da Imigração, Arthur Calwell, transformou o país numa terra de promessas para mais de 1,5 milhão de britânicos no pós-guerra. Conhecidos como “Ten Pound Poms” – uma referência às dez libras que pagavam pela passagem subsidiada –, esses imigrantes formaram uma das maiores migrações planejadas da história moderna.

Entre eles estava Brian Robson, um galês de 19 anos de Cardiff, que havia embarcado no programa de imigração assistida com os olhos brilhando de expectativas. O problema foi encontrar a realidade australiana e, apesar da propaganda oficial que pintava a Austrália como uma terra de oportunidades infinitas, onde o sol brilhava eternamente e os empregos abundavam, não era bem assim. Nunca é bem assim nesse tipo de promessa. E daí, Brian resolveu voltar para casa… numa caixa num fedido compartimento de carga. Continuar lendo “A inusitada viagem transcontinental dentro de uma caixa”

Bebum idiota compartilha cerveja com elefante (e nem era cerveja decente)

Não há nada que impeça um bebum de fazer bebunices, não importa quais. Bastou o cara entornar algumas que fica em órbita e comete o melhor do pior da insânia. É sempre fascinante ver como a humanidade consegue equilibrar feitos extraordinários, como descobrir a penicilina e mandar o Homem à Lua, e ao mesmo tempo consegue demonstrações épicas de cretinice, tipo despejar cerveja goela abaixo de um elefante.

Hein? Pois é, um espanhol resolveu que o Jotalhão merecia curtir uns momentos de relax e uma happy hour paquidérmica e dividiu uma cervejinha com ele, para emputecimento dos conservacionistas.

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Padre não gosta de nome esquisito e família não-católica fica bolada no batismo

Uma coisa que eu não entendo é pessoal que não segue uma religião querer participar de cerimônias dessa religião por puro aparato social. Daí, ficam tirando coisas da bunda para reclamar quando o clérigo dessa religião coloca empecilhos porque o pessoal idiota não estava preparado. O caso de hoje é o casal sem-noção que foi batizar a filha com nome esquisito e o padre não gostou muito. Da´[i pessoal xingou muito em rede social, como sempre Continuar lendo “Padre não gosta de nome esquisito e família não-católica fica bolada no batismo”

Florida Land strikes again: agora com drones armados voando no recreio

E hoje é dia do tema Florida Whatever. O “estado da Disney” decidiu que a melhor forma de proteger suas crianças não é com psicólogos, políticas públicas ou, sei lá, menos armas circulando. Claro que não, pois isso qualquer idiota poderia decidir, e a Flórida não é um lugar de idiotas quaisquer, e sim de idiotas classe Over 9000. Agora, a solução para proteger criancinhas de acontecer o que volta e meia acontece na Land of Free, vem de manual de ficção científica dos anos 80: soltar drones armados nos corredores da escola. Não sei oque poderia dar errado nos Estados Unidos, esse reality show interminável com orçamento de blockbuster, dando balé em filme e fazendo a Skynet nascer nos pátios durante o recreio.

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Morte chocante acompanhada de desfaçatez enterrada

A vida nos cantinhos de Nosso Senhor Hades é severa, às vezes chocante. Não melhor ou pior que isso temos a velha medicina tradicional (de qualquer nacionalidade), que é muito eficiente e salvou muita gente. 0,1% dos casos sobreviveram, mas é muita gente. Isso ficou comprovado por um certo rapaz de 28 anos que deu uma de Electro e tomou um choque daqueles, caindo duro. Por sorte, a família ajudou usando a velha Medicina Tradicional whatever.

Resultado: bem, eu preciso dizer?

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Quando a Pepsi prometeu dar um avião de combate em troca de tampinhas (ou quase isso)

O marketing corporativo vive numa corda bamba fascinante entre o genial e o catastrófico. De um lado, temos campanhas lendárias que definem décadas, como o “1984” da Apple ou a família Volkswagen dos anos 60, que transformaram produtos em ícones culturais. Do outro extremo, encontramos desastres épicos que se tornam estudos de caso sobre como não fazer propaganda. Como foi o caso da Jaguar e sua propaganda… esquisita e que envelheceu pior que leite no sol.

Entre esses dois extremos existe um território pantanoso onde habita a grande maioria das campanhas publicitárias: as promoções. Elas não deveriam ser problemáticas, mas aí entra em cena executivos ambiciosos decidem que ser esquecível não é uma opção. Quando departamentos de marketing começam a flerte com o extraordinário sem consultar adequadamente o jurídico, quando a criatividade atropela o bom senso, e quando uma simples campanha promocional se transforma numa bomba-relógio legal esperando para explodir na cara da empresa. E isso acarreta uma promoção em que você poderia ter um avião de guerra. Continuar lendo “Quando a Pepsi prometeu dar um avião de combate em troca de tampinhas (ou quase isso)”

Zé Ruela se consulta com dr. GPT e adquire uma doença pra lá de velha

“Conselhos são sempre perigosos, mesmo de sábios para sábios”, já dizia o Gandalf. Se você pensava que já tinha visto de tudo em matéria de conselhos de saúde questionáveis, é preciso saber que sempre pode piorar. Passamos por um histórico de um bando de idiotas consultando cão e gato, além de vizinha que sabe das coisas, tia benzedeira, astrólogas e até o Doutor Google para saber coisas referentes a saúde. Claro, isso virou muito mainstream, e a onda modernosa é consultar o ChatGPT.

Um exemplo dessa maravilha da autossabotagem é o caso de um tio americano de 60 anos que provou que a combinação “Inteligência Artificial + Ansiedade por Saúde + Qualquer Coisa Exceto Médico” pode ser mais perigosa que aqueles influencers fitness que vendem chá detox no Instagram. No caso, ele ganhou de presente uma doença dos Tempos Antigos, só faltando ser trazido por um Balrog. Ok, nem tão antigo assim, mas da Era Vitoriana.

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Jotalhão mete pé firme contra influenceiros e selfies

O verdadeiro retrato do século XXI, onde a burrice se disfarça de ousadia e a inteligência foge de fininho pra não entrar em rota de colisão com idiotas em busca do like fácil é saber que a humanidade voltou a provar que a Evolução, às vezes, gosta de dar um passo para trás, e tropeçar de cara no asfalto. Eis o espetáculo do século XXI: o ato heroico de confundir “ousadia” com “idiotice premium”, no qual a inteligência se esconde atrás do arbusto mais próximo para não ser vista em companhia desse tipo de gente.

Dessa vez, direto da Índia (não, sem Uttar Pradesh hoje), onde o bom senso vai tirar férias e nunca mais volta temos ele: o jovem. E o que o jovem faz? Jovenzince. No caso, o zé ruela que resolveu dar aquele “up” nas redes sociais e resolveu tirar selfie com o Jotalhão. Pena que o filho do Ganesha não estava a fim. Continuar lendo “Jotalhão mete pé firme contra influenceiros e selfies”

ChatGPT virou oráculo místico de boteco eletrônico

Cláudio Ptolomeu foi um inútil que criou deuas bobagens: A Astrologia e o Geocentrismo. Ah, sim, você vai me falar que outros povos criaram crenças astrológicas, mas qual que é publicada diariamente nos jornais? Pois, é, né? E isso porque levava em conta que o Sol gira em torno da terra, porque lá pela mesma época Aristarco de Samos tinha argumentado muito melhor em defesa do Heliocentrismo. Por que deram mais crédito a Claudio Ptolomeu? Porque ele era rico.

Agora, com as modernas modernidades ,modernosas, as pessoas não querem mais ir na taróloga (ok, todo mundo anda sem dinheiro). Estão apelando pro que? Pro ChatGPT, é claro! É a democratização da desesperança: agora todo mundo pode ter crise existencial com chatbot. Continuar lendo “ChatGPT virou oráculo místico de boteco eletrônico”

Arranca-rabo entre vereadores por causa de papel e LSD

Se tem uma coisa que o Brasil domina com maestria é transformar discussões sérias em novelas mexicanas de quinta categoria, com direito a vilã, mocinha, tapas retóricos e, claro, pedidos de cassação com trilha sonora dramática. Desta vez, o palco foi a sempre serena (só que não) Câmara Municipal de Curitiba, onde uma audiência pública sobre segurança, saúde e políticas de drogas terminou em gritaria parlamentar (se teve dedo no cu, não informaram) e acusações de todo tipo para todos os lugares, e isso por causa de um folder, ao que muitos só faltaram perguntar se queriam folder com avida dos que estavam lá.

Acompanhando rinha de parasitas curitibenses, esta é a sua SEXTA INSANA! Continuar lendo “Arranca-rabo entre vereadores por causa de papel e LSD”