Chapados no deserto: como os egípcios construíram pirâmides sob efeito de ópio

Sabe aquela teoria conspiratória de que as pirâmides foram construídas por alienígenas porque seria impossível erguer aquelas estruturas monumentais com a tecnologia da época? Pois bem, a ciência acaba de oferecer uma explicação muito mais… terrena. E quimicamente alterada. Acontece que o pessoal do Nilo pode ter tido um segredinho para tornar o trabalho braçal mais suportável: ópio. Muito ópio. Tipo, ópio no café da manhã, ópio no almoço, ópio antes de dormir, ópio junto com ópio. Se você acha que o vício em cafeína do escritório moderno é problemático, prepare-se para conhecer uma civilização inteira que pode ter operado sob o efeito permanente de opiáceos.

Um estudo recente acaba de jogar uma bomba historiográfica: o uso de ópio no Antigo Egito não era ocasional, esporádico ou medicinal. Era corriqueiro, cultural. Parte de um café da manhã completo de 3.000 anos atrás. Continuar lendo “Chapados no deserto: como os egípcios construíram pirâmides sob efeito de ópio”

A Primeira Última Morada de Tutmés II

A descoberta da tumba de Tutancâmon em 1922 foi um choque na comunidade acadêmica e na vida das pessoas. Finalmente pudemos ter um vislumbre do poder, glória e opulência de um rei egípcio, ainda que fosse irrelevante – sim, pois é. A importância de Tut foi ter sua tumba encontrada intacta, com toda a sua riqueza. Agora, o papo é outro, pois outro rei foi descoberto (já falei inúmeras vezes para pararem de chamar reis egípcios de “faraós”). A New Kingdom Research Foundation descobriu a localização da tumba original de Tutmés II.

Original? Sim, leia o texto para entender! Continuar lendo “A Primeira Última Morada de Tutmés II”

Aromas do Tempo: cientistas dão aquele cheirinho nos Faraós-oh-oh-oh

Qual é o cheiro de uma múmia de 3.000 anos? Não é uma questão que a maioria de nós já tenha ponderado, mas cientistas descobriram agora que cada múmia egípcia antiga tem sua própria impressão digital aromática distinta – variando de amadeirada e picante a floral e empoeirada.

Em um aromatizado e envolvente estudo Museu Egípcio, no Cairo, pesquisadores fizeram algo sem precedentes: eles capturaram e analisaram os aromas que emanavam de nove múmias diferentes. E não, ninguém cheirou nenhum suvaco de múmia (acho).

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O Pão: o alicerce dourado da Civilização Egípcia

Nas margens férteis do Nilo, onde a história da humanidade ganhou alguns de seus capítulos mais fascinantes, um alimento simples, mas poderoso, reinava supremo: o pão. Na Antiguidade, o pão não era apenas um item na mesa de refeições; era o coração pulsante de cada civilização, o combustível de impérios e o fio que costurava o tecido social das culturas mais duradouras da história; entre elas, o Egito. Continuar lendo “O Pão: o alicerce dourado da Civilização Egípcia”

O Troar das Trombetas de Tutancâmon

O Grande Rei repousa. Por mais de 3 mil anos em seu sono, o rei repousa esperando o pós-vida, quando reviverá e poderá fazer uso dos seus pertences. Comida, ouro, cama, joias, carruagem, mais joias, cadeiras, ouro pra cacete, miniaturas de servos e soldados que irão lhe proteger (também chamados “shabtis”), muitas pedras preciosas, trombetas, jói… trombetas?

Sim, trombetas. Continuar lendo “O Troar das Trombetas de Tutancâmon”

Revelada a verdadeira face de um grande rei


Dica: não é essa. Não de verdade.

Sempre lemos sobre o poder e riqueza dos reis de outrora. Eu já falei sobre um desses grandes reais: seu nome era Mansa Musa, e falei sobre ele no meu Apoia.se, num texto exclusivo para apoiadores (tenho planos baratinhos a partir de 5 reais, e lá você encontrará textos que eu não escrevi em lugar nenhum). Mansa Musa é tido como o homem mais rico que já viveu, mas há outro que chega perto. Seu nome era Amenhotep III, nono rei da Décima Oitava Dinastia do Egito Antigo. Continuar lendo “Revelada a verdadeira face de um grande rei”

Os antigos mistérios egípcios desvendados pela Química do século XXI

Todos ficam assombrados, maravilhados e desconcertado com o Egito. Um império fascinante e misterioso. Sabemos muito do Egito, mas não tudo, e eu arrisco que ainda nem arranhamos o que eles tinham escondido consigo, e que aos poucos estamos desvendando. É como um romance de mistério, em que os verdadeiros detetives são cientistas, e os químicos (com eles a oração e a paz) aqueles que darão a versão final do que realmente aconteceu. Continuar lendo “Os antigos mistérios egípcios desvendados pela Química do século XXI”

A primeira greve de trabalhadores registrada na História

Administrar um império é tarefa árdua, e registrar e pagar os inúmeros trabalhadores pode ser um pesadelo. Pesadelo pior é quando você trabalha muito e não recebe ou merece receber, ou que estava acordado receber. A saída para isso seria negociação, certo? Se continuar as más condições, a resposta dos trabalhadores seria a greve. Acredite, isso não é nenhuma novidade; já não era novidade no Antigo Egito, e temos registros do que se pode considerar a primeira greve de trabalhadores documentada. Continuar lendo “A primeira greve de trabalhadores registrada na História”

Registro do RH da Idade do Bronze

Administrar um império não é tarefa fácil. É preciso uma burocracia organizada, com documentos registrando tudo; a presença e ausência de funcionários é um perfeito exemplo. É preciso ter registros de quem trabalha em que e quando faltou e por quê. como papiro na Idade do Bronze era caro, e um mero registro de ausência cia ser escrito em papiro, normalmente, tais registros eram feitos em óstracos. Continuar lendo “Registro do RH da Idade do Bronze”

O estupendo Túmulo dos Vinhedos

Você está acostumado com as Grandes Pirâmides de Gizé, túmulos dos reis Khufu (em grego, Quéops), Khafre (em grego, Quéfren) e Menkaure (em grego, Miquerinos). O problema é que os grandes reis viram que construir pirâmides daquele tamanho monumental era dispendioso e não ajudava em nada a proteger os pertences dos reis de ladrões. Então, tiveram a ideia de construir túmulos bem longe dali, no chamado Vale dos Reis, perto da capital do Império Egípcios, Tebas, hoje chamado Luxor. Foi lá que foi feita uma das maiores descobertas arqueológicas de todos os tempos: o túmulo de Tutancâmon.

Mas não eram apenas os reis que tinham seu vale de descanso eterno. Continuar lendo “O estupendo Túmulo dos Vinhedos”