Um aplicativo para ajudar a prevenir futuras quedas de idosos

Envelhecer é ótimo e uma droga ao mesmo tempo. Por um lado, estamos vivendo mais e com melhor qualidade de vida. Se no início do século XX a expectativa de vida era inferior a 50 anos, hoje a vida média do brasileiro está em cerca de 75 anos. Muitos dos nossos idosos são ativos, mas não podemos esquecer que o corpo não é a mesma coisa. Os músculos vão ficando mais fracos, ossos estão menos resistentes. Qualquer queda é um problema sério, muito sério mesmo.

O pessoal de Exatas criou um modo de usar o celular para ajudar os idosos a prevenir quedas. Chupa, Tedson (não, péra!)

A drª Deanna Gray-Miceli é professora-assistente do Departamento de Ciências de Enfermagem da Universidade Rutgers. Ela viu que seus midichlorians não eram suficientes para resolver o problema, daí pediu ajuda ao dr. William Craelius, que além de ter aparência de mestre Jedi, é professor de Bioengenharia da Faculdade de Engenharia da mesma instituição.

Gray-Miceli e Craelius (isso parece nome de dupla de vilões do filme dos Guardiões da Galáxia) decidiram criar uma ferramenta que tem como finalidade avaliar o equilíbrio da pessoa durante as atividades cotidianas. Desde ficar sentados lendo jornal até sair para caminhar pelo calçadão. Você pode achar que isso é bobagem, mas levantar-se e caminhar, apesar de parecer algo corriqueiro, demanda muito equilíbrio, e um corpo já se debilitando ao longo dos anos, torna-se bem mais difícil. A maior parte dos acidentes fatais ocorre em casa, principalmente ao levantar da cama ou de uma poltrona. Cerca de 70% dos casos de falecimentos acidentais de idosos são por causa de quedas. [1] [2] [3] [4] [5]

Craelius, o Lord Malígno do Ar, solicitou aos seus preclaros alunos (provavelmente tipo “faz essa bosta ou ficam com zero”) que desenvolvessem um aplicativo para celular que lide com sensores acoplados a um smartphone, de forma que este processe os dados e meça os movimentos do corpo, de forma que se identifique padrões de onde pode haver perda de equilíbrio. O aplicativo detecta a taxa de alterações nos movimentos usando o giroscópio e o acelerômetro do próprio smartphone.

Os pesquisadores descobriram que o isolamento de padrões de movimento imediatamente antes de uma mudança no equilíbrio poderia ajudar a prever quando uma pessoa está prestes a cair.

Cuma?

O aplicativo mede o movimento em 3 dimensões. Os padrões são matematizados e identificam quando o centro de massa se desloca a ponto de perder o equilíbrio, acarretando em tchibum no chão. Mas não é só isso. Dados como pressão arterial também são levados em conta e isso vai pro banco de dados.

Ah, e isso fará a pessoa não cair?

Não. A pessoa vai cair de qualquer jeito. Seu smartphone não tem garrinhas, nem um jetpack, nem chamará o Flash para vir correndo segurar a pessoa. Ele ajuda a entender o movimento das pessoas, alertando a maior ou menor tendência de cair, o que ajudará a projetar ambientes personalizados e adaptados para as necessidades de cada um.


Fonte: Rutgers.

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