Nós somos animais sociais. Aprendemos, quando nem humanos éramos, a confiar no bando. Nós ajudávamos a proteger o bando, o bando cuidava da gente. Aprendemos a reconhecer rostos, formas e a interagir com eles. Isso é importante na hora de nos protegermos. Mas, como é que o cérebro trabalha com isso hoje? Como sabermos em quem confiar?
É tudo uma questão neurológica, uma característica escondida no órgão com mais gambiarra que a instalação elétrica da sua casa.
A verdade é que nossos cérebros julgam se podem confiar em alguém, só olhando de relance para a cara do sujeito, mesmo antes de percebermos as linhas do rosto do distinto. E ainda dizem que nosso cérebro é uma máquina perfeita. Eu vivo dando esporro na minha filha para ela não sair confiando nos outros assim, sem mais nem menos. André >>>> Cérebro alheio
O dr. John Cacioppo, além de nome de alguma variedade daquele café hipster vendido no Starbucks, é diretor do Centro de Neurociência Social e Cognitiva da Universidade de Chicago. O dr. Capuccino, digo, Cacioppo estuda estruturas emergentes que evoluíram lado-a-lado com como mecanismos neural, hormonal, celular e genéticos, já que os consequentes comportamentos sociais ajudaram os seres humanos a sobrevivem e se reproduzem, com efeitos sobre a cognição, emoção, comportamento e saúde.
Tá no site do cara. Isso significa dizer que o que nos faz humanos é a maneira como se desenvolveu nosso cérebro. E nosso cérebro se desenvolvem mediante o acompanhamento de uma sociedade em grupo, que foi criada mediante o desenvolvimento de estruturas neurológicas. Em resumo: paradoxo Tostines cerebral.
A pesquisa do dr. Cacioppo revela os sistemas de confiabilidade iluminam parte das amígdalas (as amígdalas cerebrosas e não as da sua garganta), mesmo quando os rostos são mascarados (não percebido conscientemente). Isso sugere que as características faciais associadas à confiabilidade são processados ??muito rapidamente; e como tudo que é extremamente rápido, acaba sendo imperfeito, lhe arrumando mil e uma confusões, sem necessariamente você estar participando de um filme de Sessão da Tarde.
A amígdala é uma região do cérebro que processa os comportamentos sociais e emocionais, e agora ganhou mais um trabalhinho: responder pela confiabilidade aparente de um rosto de um rosto, porque, afinal, amígdalas não têm coisas mais importantes para se preocupar.
A pesquisa foi publicada no periódico Journal of Neuroscience, e isso mostra como tanto nosso cérebro é zuado que acaba confiando em quem não deve, para depois você se perguntar "onde diabos estava com a cabeça para dar ouvidos àquele vendedor de carros?"
As próximas questões a ser desvendadas é se a aprendizagem social pode alterar essas respostas da amígdala. Mas, tipo, é psicologia, né? Sempre vai ter alguma coisa obscura na cabeça das pessoas.
TESTEMUNHO:
Um dia eu estava viajando para Guaxupé, de ônibus, quando derrepente uma aguda vontade de construir monólitos de barro tomou meu corpo todo. Saí esbaforido, sem pedir licença a ninguém, tranquei-me no micro-banheiro daquela nave. Foi um silencioso peido, apenas um peido e nada mais. Voltei feliz da vida para minha poltrona (cara de Mr.Bean). Depois de 5 minutos, nova vontade….”de peidar” – pensei eu – fiquei tranquilo e virei-me levemente, de costas, para a janela e libeirei meus sentimentos. Foi um horror, me caguei todo!
Aí o André vai trucidar-me, com olhar de Malafaia, perguntando:
“O QUE ISTO TEM A VER COM A PORRA DO ARTIGO?”
Eu humildimente já respondo:
Tudo, pois, se você não pode CONFIAR, nem no próprio c*, imagina confiar nas pessoas.
(Adaptando Luiz Fernando Veríssimo).
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Nosso cérebro até pode ser zuado quando se fala em “confiança a primeira vista” ou confiar em quem não se deve, mas, felizmente ele também possue aquela distinta capacidade de aprendizado. Eu , por exemplo, com as experiências de vida, e, o tempo, aprendi que não se deve confiar nem em si mesmo, pois não rara vezes fazemos coisas que outrora duvidaríamos, e muito menos no ser humano alheio.
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O cara pede comida chinesa, em 5 minutos o entregador já bate na porta. A única coisa lúcida a se fazer é recusar o pedido:
– Eu não vou comer isso daí! Você simplesmente não teve tempo hábil suficiente pra preparar da maneira correta!!!
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Eu fui dar uma aula particular uma vez. Apertei o número do apartamento no porteiro eletrônico. A voz do outro lado disse “Quem é?”. Eu falei “sou o professor André. Vim dar a aula pro [nome do moleque que não me lembro agora]”. A pessoa me deixou subir. Era o apartamento errado e o filho da criatura sequer tinha o mesmo nome.
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@André, Do jeito que tá a educação, não é de se admirar que a criatura deixou você subir: “É professor particular? Entra aí, entra aí!! Aceita uma xícara de café??”
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@André, Você disse “professor”. Apesar de muitos não nos lembrarmos, professores sempre foram muito respeitados num passado não muito distante. A eles era entregue e educação de nossos filhos! Se a maioria soubesse o que isso quer dizer, teriam mais respeito com professores ainda hoje e mandariam crianças já educadas para a escola!
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@JCFerranti, Nos dicionários de hoje, professor é “o mané que eu pago pra aturar meu pentelho.”
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Caraca,nem no cérebro podemos confiar mais!
Mas o corpo humano é tão perfeito…
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Sempre a amígdala. Sempre o sistema límbico.
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Que impactante!
Pensamos ter controle das coisas e agir de maneira racional nas tomadas de decisão, quando na realidade a maioria se passa inconsciente.
Post perfeitoo!!
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